Como criar ambientes mais acolhedores e seguros para crianças e adolescentes? (1)
A maternidade e paternidade parecem ser consequência natural de tornar-nos adultas e adultos. Penso que, ao contrário de uma visão que defende que seres humanos são instintivamente preparados para isso, todos nós precisamos aprender sobre cuidar de outros seres humanos. Para mim, existem três formas bem eficientes: autoconhecimento, troca de experiências e literatura acadêmico-científica. A proposta, então, é fazer um pouco dessas coisas. Então, antes de terminar o texto, já convido você a comentar e contar de suas experiências maternas e paternas ou de cuidadoras e cuidadores.
Em seu livro “Our babies, Ourselves: how biology
and culture shape the way we parent” (1999), a antrópologa Meredith Small, chama
atenção para o fato do bebê humano ser um organismo perfeitamente projetado:
sabe quando é pra dormir, quando é pra comer e como comunicar necessidades. Em
contrapartida, pessoas humanas adultas atendem este comportamento instintivo mais
fortemente influenciadas pela sua bagagem pessoal (história de vida) e
cultural. Em outras palavras, o que somos como mães e pais é uma mistura de
aspectos biológicos (há hormônios responsáveis pelo ligação das mães e dos pais
com suas filhas e seus filhos), culturais e pessoais.
Um exercício importante para nos apropriarmos da
maternidade e paternidade: tire um tempo para refletir sobre os motivos que te
fazem escolher esta ou aquela prática educativa.